Leituras

Periféricos

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Flynne Fisher vive com o irmão, Burton, em uma área rural e desolada dos Estados Unidos, onde os empregos são escassos e muitos sobrevivem na clandestinidade, fazendo impressões ilegais em 3D e jogando videogame por dinheiro. Veterano de guerra, Burton é contratado para atuar como segurança em um jogo virtual, mas um contratempo leva Flynne a assumir o posto do irmão em um dos turnos. Durante sua ronda, acidentalmente, ela testemunha um homicídio que lhe parece bem real, e logo desconfia que o jogo pode ser, na verdade, uma janela para o futuro. Retomando o ambiente futurista e tecnológico de Neuromancer, Periféricos se revela um thriller policial surpreendente, agudo e original, e deixa claro porque William Gibson é um dos mais talentosos e proféticos escritores de nosso tempo.

Não consigo me lembrar agora qual foi a conversa que ouvi para começar a ler Periféricos, de William Gibson. No entanto, eu trabalhei alguns anos com um colega que sempre elogiou o autor da série Neuromancer (a qual eu ainda não li), dizendo o quão visionário e futurista ele é, e, uma vez que notei que se trata de uma história policial e o livro estava sendo ofertado gratuitamente aos assinantes da Amazon Prime, me decidi por ler.

Com a leitura em andamento, me senti meio confuso a princípio. Aparentemente, Gibson gosta de te jogar no universo dele, com seus personagens, termos e invenções, rodeados, é claro, de um linguajar próprio, sem muito preâmbulo ou introdução. Assim, a sensação que tive lendo as primeiras páginas e capítulos, foi a de estar operando um novo dispositivo sem poder contar com manual de instruções.

O livro aborda questões ligadas a viagem no tempo, mas de um jeito todo próprio. Há uma conexão entre duas épocas distintas e uma forma de os personagens em ambas se comunicarem entre si. Um assassinato acontece e ninguém sabe o autor, nem sua motivação. De repente, à medida que as páginas avançam, a gente se acostuma com os termos e com o ambiente, tornando tudo mais fácil de acompanhar e entender — ao menos até certo ponto.

Minha leitura está em andamento. Até o momento, estou gostando, apesar da quantidade de detalhes por vezes ser enorme e contribuir para uma certa confusão. Vamos ver o que sai até o final do livro.

#lendo